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Horário

2.ª - 6.ª 09h30 - 19h30 /

sáb.  09h30 - 17h30

 


Visitas guiadas para grupos

por Fátima Lopes

quintas feiras | 17h00
Mínimo 7 pessoas, máximo 20
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Folha de sala

 

Três Caras de Orpheu, um debate na Feira do Livro,proposto pela Casa Fernando Pessoa, com 3 comissários de exposições que evocam os 100 anos da revista Orpheu. Luís Caetano conversa com Sílvia Laureano Costa, Richard Zénith e Steffen Dix.

 

 

Apoios:

 

 

 

 

 

 

 

 


Os caminhos de Orpheu
EXPOSIÇÃO | 24 mar. - 27 jun. '15 | Sala de Exposições - Piso 2 | Entrada livre


«A Caminho do Manicómio»: assim se intitulava uma notícia do jornal O Intransigente, saída aquando do primeiro número da revista Orpheu, em finais de março de 1915. Para a maioria dos críticos, a poesia e a prosa contidas nesta revista de vanguarda eram exemplos de decadência literária, sem sentido nem futuro possível. Contrariando as expetativas, a Orpheu fez e ainda faz história.

 

Com apenas dois números dados à estampa nos primeiros trimestres de 1915, Orpheu revolucionou a literatura nacional e foi o gérmen do movimento modernista em Portugal. Juntou nomes das letras e das artes como Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Almada-Negreiros ou Santa-Rita Pintor que ficaram conhecidos como a geração de Orpheu, e inspirou os movimentos literários de renovação da literatura portuguesa que se lhe seguiram.

A relativa exiguidade do espaço cultural português e o seu maior conservadorismo foram decisivos para que Orpheu causasse uma perturbação semelhante a um terramoto que sacudiu a mentalidade, levando à queda de valores estéticos consagrados, em grande parte devido à potência e originalidade da dupla força impulsionadora deste movimento: Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro.

Com a eclosão da Grande Guerra, vários escritores e artistas residentes em Paris — Mário de Sá-Carneiro, José Pacheco e Santa Rita Pintor — regressaram a Lisboa, trazendo da capital francesa um conhecimento direto das mais recentes correntes artísticas. No início de 1915, Luís de Montalvor, depois de passar dois anos no Rio de Janeiro onde participou intensamente na sua vida literária, voltou a Lisboa com um projeto de revista a que queria chamar Orpheu. Pessoa e Sá-Carneiro, que planeavam já há um ano publicar uma revista intitulada Lusitânia ou Europa, decidiram unir esforços com ele: a revista seria ainda mais internacional, mais cosmopolita e vanguardista, pelo menos na aparência, e abria-lhe novos horizontes ter um codiretor brasileiro - Ronald de Carvalho, poeta e amigo íntimo de Montalvor, o codiretor português do primeiro número.

Após a morte de Sá-Carneiro, Fernando Pessoa  e José Pacheco conseguem imprimir provas parciais para um terceiro número de Orpheu que nunca será completado, mas não morre o sonho de dar continuidade à revista, eventualmente em outros moldes.

Em 1935, Almada Negreiros dedicou grande parte do terceiro número dos seus cadernos Sudoeste à memória da antiga revista, reunindo colaborações de quase todos os órficos, precedidas pelo conhecido texto de Pessoa que termina com a frase: «Orpheu acabou. Orpheu continua».

Para celebrar o seu centenário, esta exposição, comissariada por Richard Zenith,  pretende iluminar os caminhos que deram origem à revista, outros caminhos que a cruzaram ou acompanharam, alguns caminhos de continuidade frustrada e os caminhos astrais trilhados no zodíaco.

Apresentam-se originais de Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e outros colaboradores, cartas, publicações da época e obras de artes plásticas de Almada-Negreiros, Santa-Rita Pintor e Amadeo de Souza Cardoso. Destacam-se alguns factos pouco conhecidos e estabelecem-se elos que ajudam a compreender o que foi e o que é a Orpheu.

 

Cabeçalho: Pormenor de Mapa Astral de Fernando Pessoa com indicação da data e hora do primeiro número vendido da Orpheu (BNP E3/20-79)

 
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