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Biblioteca Nacional de Portugal

Serviço de Actividades Culturais

Campo Grande, 83

1749-081 Lisboa

Portugal

 

Informações

Serviço de Relações Públicas
Tel. 21 798 21 68

Fax 21 798 21 38
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Horário
2.ª - 6.ª 10h00 - 19h30

sáb.  10h00 - 17h30

 

Visita guiada por Rui Loureiro

15 jan. | 12h00

 

 

Folha de sala

 

Relações de Portugal com a Pérsia durante a União Ibérica. Os "Comentarios" de D. Garcia de Silva y Figueiroa

 

Os Comentários em linha:

volume 1

volume 2

 

 

 

 


A biblioteca do Embaixador: os livros de D. García de Silva y Figueroa (1614-1624)

EXPOSIÇÃO | 7 out. '14 - 24 jan. '15 | Museu do Livro -  Piso 3 | Entrada livre

 

Durante as suas peregrinações orientais, Don García de Silva y Figueroa, embaixador enviado em missão à Pérsia entre 1612 e 1624, fez-se acompanhar de uma bem apetrechada livraria pessoal, da qual pouco se conhece. É o conteúdo dessa biblioteca itinerante que a presente exposição pretende reconstituir, num momento em que se cumprem quatro séculos sobre a partida de Don García de Silva do porto de Lisboa, rumo à longínqua Pérsia.

Nascido na localidade espanhola de Zafra em 1550 e originário de uma família nobre, Don García de Silva y Figueroa é nomeado em 1612 por Felipe III de Espanha (II de Portugal) emissário especial ao soberano safávida Abbas I. A missão do embaixador espanhol estender-se-ia por cerca de uma década, desde a largada de Lisboa em 1614 até ao seu falecimento durante a viagem marítima de regresso à Europa, nas proximidades dos Açores, em 1624.

Como um viajante moderno, Don García preparou minuciosamente a sua viagem à Pérsia, através da consulta de numerosíssimos trabalhos de história e de geografia. Era também um diarista compulsivo, que ao longo do seu longo périplo oriental, para além de dezenas de cartas, redigiu um volumoso diário de viagem. Os Comentários – nome por que ficou conhecido o seu manuscrito de cerca de um milhar de páginas – descrevem demoradamente a sua jornada desde Lisboa até à Pérsia, assim como a inacabada viagem de regresso à Europa. Através da leitura dos Comentários, é possível deduzir que o embaixador era compelido à escrita para ocupar as longuíssimas horas de ócio que uma jornada de Lisboa à Pérsia implicava, para registar tudo o que lhe parecia novidade, e também para justificar as suas andanças, apresentando uma espécie de relatório de missão.