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Folha de sala

 

 

 

Urbano Tavares Rodrigues, 1923-2013

MOSTRA | 1 abr. - 28 jun. '14 | Sala de Referência | Entrada livre

SESSÃO com Cristina Almeida Ribeiro, Eduardo Lourenço e Teresa Rita Lopes | 29 maio '14 | 18h00 | Entrada livre

 

Homenagem ao escritor, jornalista e professor universitário Urbano Tavares Rodrigues, a exposição cruza documentação do espólio, incorporado no Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea em 2009, com a sua vasta bibliografia no domínio da ficção, do ensaio, da crónica, acompanhanhando o percurso de mais de seis décadas de um autor que dividiu a sua atividade profissional entre as redações de jornais e o ensino.

A partir de 29 maio e até ao final da mostra, será projectado na Sala Multimédia o filme de Possidónio Cachapa, O Adeus à Brisa: documentário sobre Urbano Tavares Rodrigues, de 2008.

Licenciado em Filologia Românica (1949) Urbano Tavares Rodrigues foi jornalista, desde 1946, no Diário de Lisboa, passou pelo Diário de Notícias (1959-1961, 1968), pelo Jornal do Comércio (1962), pelo Diário de Notícias de Lourenço Marques (1963), onde foi chefe da delegação de Lisboa, pelo Artes e Letras (1964) e por O Século (1964, 1974-75). Enquanto docente foi leitor de Português nas universidades de Montpellier e Aix-en-Provence (1949-53) e de Paris (Sorbonne, 1953-55), professor no Liceu Camões em Lisboa (1956-57, 1974-1975) e, a convite
de Vitorino Nemésio, na Faculdade de Letras de Lisboa (1957-59). O seu envolvimento na oposição ao Estado Novo afasta-o das instituições públicas. Deu então aulas no Colégio Moderno (1961-1963) e no Liceu Francês em Lisboa (1965-74). Em 1975, readmitido na Faculdade de Letras, lecionou literaturas portuguesa e francesa até à jubilação, em 1993.

Autor incontornável na História da Literatura Portuguesa do século XX, revelou-se como ficcionista com A Porta dos Limites (1952) dando início a uma obra literária, várias vezes reeditada, traduzida para várias línguas e premiada. Uma Pedrada no Charco (1958), recebeu o prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa (ACL), Nus e Suplicantes (1960) o prémio literário dos leitores, Imitação da Felicidade (1966) o prémio Imprensa Cultural, Viamorolência (1976) o prémio da Crítica do Centro Internacional Português de Críticos Literários, Fuga Imóvel (1982) o prémio Aquilino Ribeiro da ACL, A Vaga de Calor (1986) o prémio da Crítica do Centro Português da Associação Internacional de Críticos Literários, Violeta e a Noite (1991) o prémio Fernando Namora da Sociedade Estoril Sol, Deriva (1993) o prémio Literatura e Ecologia do Lyons Club de Aveiro, A Estação Dourada (2003), o grande prémio do Conto Camilo Castelo Branco.

Dedicou, enquanto ensaísta, vários estudos a Manuel Teixeira Gomes, tema da sua tese de licenciatura em 1949 e da dissertação de doutoramento em 1984. Destaquem-se ainda neste género literário O Tema da Morte na Moderna Poesia Portuguesa (1958), O Mito de Dom Juan (1960), O Romance
Francês Contemporâneo (1964), Realismo, Arte de Vanguarda e Nova Cultura (1966), Ensaios de Escreviver (1971), Ensaios Após Abril (1977), Um Novo Olhar sobre o Neorrealismo (1981), A Horas e Desoras (1993) prémio de ensaio Jacinto do Prado Coelho, Traição e Ruptura (1994), O Homem sem Imagem: a persistência das marcas surrealistas nos romances de Aragon (1995) ou O Texto Sobre o Texto (2001).

Urbano Tavares Rodrigues integrou a direção da Sociedade Portuguesa de Escritores no final da década de 50 do passado século, foi presidente da Associação Portuguesa de Escritores (1982-84) e membro efetivo da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa. Foi agraciado com a Ordem do Infante Dom Henrique (1994) e a Ordem Militar de Santiago da Espada (2008) e viu a sua obra literária reconhecida com o Prémio Consagração da Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores (2000) e o Grande Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores (2002).