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Folha de sala

 

Visita guiada

por Maria Clara Assunção

 

14 maio : 15h30

 

Sujeita a This e-mail address is being protected from spambots. You need JavaScript enabled to view it

Joly Braga Santos

90 anos do nascimento: 1924-2014

MOSTRA | 20 mar. - 14 jun. '14 | Sala de Referência | Entrada livre

 

Nascido em Lisboa a 14 de Maio de 1924, José Manuel Joly Braga Santos ingressou no Conservatório Nacional em 1936 para estudar violino e piano e iniciou estudos de composição em 1941. Estudou composição com Luís de Freitas Branco de quem recebeu uma forte influência técnica e estilística na primeira fase da sua produção musical, muito marcada pelo folclore português e pela polifonia renascentista.

Aos 23 anos, no ano de estreia da 1ª Sinfonia (1947), foi convidado a ingressar como colaborador fixo no Gabinete de Estudos Musicais da Emissora Nacional, vivendo exclusivamente da composição até à extinção do Gabinete, em 1954.

Na presente mostra procura-se evidenciar o seu percurso como compositor, desde as obras de juventude, muito marcadas pela influência dos seus mestres, até ao auge da sua criatividade que uma morte prematura veio interromper bruscamente.

Até aos 27 anos, Joly Braga Santos compôs quatro das suas seis sinfonias e aos 24 anos foi para Itália frequentar o Curso Internacional de Regência com Herman Scherchen (Veneza, 1948). Mais tarde esteve no estúdio experimental de Gravesano, com Antonino Votto (1957-1958) e fez mais estudos de Composição com Virgilio Mortari (Roma, 1959-1960). A partir do final da década de 50 a sua obra revela a influência destas experiências europeias.

Compôs música instrumental sinfónica e de câmara, música para piano, para canto e piano, para coro, música de bailado, ópera radiofónica e bandas sonoras para cinema de ficção e documental. Sendo a sinfonia o género em que melhor exprimiu o seu talento criativo – obteve, pela 5ª Sinfonia, o Prémio Internacional de Composição da UNESCO, em 1969 –  a dimensão, qualidade e diversidade da sua obra musical colocam-no entre os maiores compositores portugueses do Século 20.

Foi professor de Análise e Técnicas de Composição no Conservatório Nacional de Lisboa, onde integrou a “Comissão Orientadora” para a reforma da instituição, entre 1972 e 1974, e foi responsável pela reformulação da disciplina de Educação Musical.

Dirigiu a Orquestra da Emissora Nacional e a Orquestra Sinfónica do Porto, dando ênfase à música contemporânea e sendo responsável pela estreia em Portugal de obras de Penderecki, Ginastera e Jorge Peixinho entre muitos outros. Foi fundador da Juventude Musical Portuguesa, dedicando-lhe a sua 4ª Sinfonia, e publicou regularmente críticas de música.

Foi condecorado com a Ordem de Santiago de Espada, por mérito artístico, em 1981.

Joly Braga Santos faleceu em sua casa, em Lisboa, a 18 de Julho de 1988.

A BNP apresenta agora, por ocasião dos 90 anos do seu nascimento, algumas partituras existentes no espólio documental doado, o qual é constituído por mais de 100 obras de música instrumental sinfónica e de câmara, música para piano, para canto e piano, para coro, música de bailado, ópera radiofónica e bandas sonoras para cinema de ficção e documental. Mostram-se ainda cadernos de apontamentos, fotografias, correspondência e cartazes do compositor e maestro.