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Folha de sala

 

 


 


 

 

 

 

 

 

 

 

 


 

 

António Costa Lobo (1840-1913)

MOSTRA | 20 dezembro '13 - 31 janeiro '14 | Sala de Referência | Entrada livre


 

No centenário da morte de António de Sousa Silva Costa Lobo (1840-1913), a Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) evoca o historiador, político e advogado com uma mostra documental onde se expõem documentos representativos do seu legado, incorporado em 1914 – manuscritos, hoje dispersos pelo espólio com o seu nome (Esp. N29) e pela Coleção de Códices –, e da sua biblioteca particular.


Nascido no Porto, numa abastada família dedicada ao negócio de vinhos, Costa Lobo formou-se em Direito na Universidade de Coimbra, recebendo o grau de doutor, em 1864, com a dissertação O Estado e a liberdade de associação. Acionista de várias companhias, como a Companhia Geral do Crédito Predial Português, sócio de associações como a Sociedade das Casas de Asilo da Infância Desvalida de Lisboa, exerceu a magistratura e integrou a Câmara do Pares do Reino, em 1866, em substituição de seu pai. Até ao final da monarquia teve uma ativa intervenção política, integrou várias comissões parlamentares, foi vice-secretário da Câmara por eleição em três anos consecutivos (1868-1871), ministro dos Negócios Estrangeiros (1892), ministro de Estado honorário e teve assento no conselho do Rei. Ao longo deste percurso foi agraciado com várias condecorações.


Como historiador investigou sobretudo os séculos XV e XVI. Desses trabalhos resultaram as Memorias de um soldado da India compiladas de um Manuscripto Portuguez do Museu Britannico (1877) e o 1.º volume de Historia da sociedade em Portugal no século XV (1903). Do segundo volume deixou apenas um capítulo, intitulado O Rei. Passou a letra de forma, nos Anais das Bibliotecas e Arquivos de Portugal, entre janeiro de 1915 e abril de 1916. Em 1909 deu à estampa Origens do sebastianismo: história e perfiguração dramática onde integrou Portugal sebastianista: auto dramático, género literário que ensaiara tendo como tema Affonso de Albuquerque. Foi publicado em 1886. Costa Lobo é ainda tradutor e prefaciador de Sátiras, de Juvenal (1878-81), e editor literário do poema Joaneida, de frei João Evangelista Xavier, que deixou inédito. O texto que lhe serviria de prefácio foi também publicado nos Anais das Bibliotecas e Arquivos de Portugal (1916-1917). É ainda autor do ensaio Portugal e Miguel Angelo Buonarroti: interpretação de um grupo do juizo final na Capella Sixtina (1906).