Conferência no âmbito da exposição, patente na BNP até 26 de outubro, que apresenta 43 gravuras de porta chinesas dos sécs. XVIII e XIX,  por A. E. Maia do Amaral, comissário e colecionador do material exposto.

Estas gravuras, muito populares na China, e impressas através de xilogravura, representavam geralmente guardiões armados e em pose ameaçadora. Sendo usualmente afixadas nos portões ou portas exteriores dos pátios, tinham por função afastar da casa espíritos e demónios.

Atendendo à novidade que representam as gravuras expostas, a conferência irá abordar o que distingue a arte gráfica popular da arte chinesa que todos conhecemos na Europa. Com efeito, apesar de tudo isso se passar no mesmo país, arte popular e arte erudita são aí dois mundos gráficos diferentes e, muitas vezes, opostos. Tão opostos e tão presentes como os dois sistemas económicos (socialismo e capitalismo) propostos para o país por Deng Xiaoping e a que se alude no título da conferência.

Serão apontadas algumas caraterísticas distintivas da arte popular chinesa, que o colecionador tentará depois evidenciar em visita guiada que fará à exposição Dous gigantes pintados cõ hus bastões nas mãos.

Na ocasião, será também apresentado o respetivo catálogo impresso, cuja edição foi possível com o apoio da Imperivm Portvs Cale, lda.