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Moçambique / Manoel Pereira (1815-1894)

LANÇAMENTO | 15 maio | 18h00 | BNP | Entrada livre


mocambiqueDo arrabalde do antigo Presídio, junto à margem da baía, Manoel Pereira mudou a localização da sua Residência-Atelier para o alto do morro, frente ao Hospital e à nova Igreja em construção. Veio depois a Lisboa propor ao Ministro Ressano Garcia a Expedição Phototographica que viria a liderar por todo o Moçambique. A reportagem desta obra de vulto, executada pela engenharia militar, a par do relacionamento pacífico estabelecido com a população indígena, com quem se negociava a permanência e o ensino escolar no território, bem como a exploração do minério, teve amplo testemunho fotográfico que foi servindo para modelo das gravuras, anonimamente publicadas na revista O Occidente, ilustrando textos de Augusto Castilho.

A cobiça internacional, que levou às decisões estabelecidas na Conferência de Berlim, em 1885, atribuindo soberania a quem verdadeiramente ocupasse o mocambique_manoel_pereiraterritório, condenou este viver construtivo e pacífico. Após o Ultimatum de 1890, a visita do Comissário Régio Mariano de Carvalho teve detalhada reportagem fotográfica que registou o avanço da Agricultura praticada nos Prazos da Zambézia, bem como o funcionamento escolar para ambos os sexos, por todo o território de Moçambique.

Nesta coleção de fotografias que vieram a figurar na Exposição Insular e Colonial Portugueza de 1894, ficou bem expressa em imagem a confraternização com os Régulos locais e até mesmo um processo eleitoral, com fila de votantes em frente à Alfandega da Ilha de Moçambique. A presença de António Ennes e a campanha de Mouzinho de Albuquerque, puseram termo a este período notável, que precedeu a implantação do regime dito Colonial e bem merece hoje ser divulgado.

 

Luísa Villarinho Pereira, maio 2013