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Charles Dickens em Portugal

MOSTRA | 7 Fevereiro – 30 Abril | Sala de Referência | Entrada livre

 

dikens_house_museum_detailA BNP celebra o bicentenário do nascimento de Charles Dickens (7 de Fevereiro 1812) com uma exposição biblio-iconográfica promovida conjuntamente com o Centro de Estudos Anglísticos da Universidade de Lisboa (CEAUL).

Esta iniciativa pretende evocar a recepção de Dickens em Portugal até à actualidade, predominantemente por via da tradução, publicada entre nós, em periódico e em volume, desde 1839, data em que surge a sua primeira obra traduzida.

Charles Dickens inicia a carreira com a narrativa breve, em 1833 (“A Dinner at Poplar’s Walk”, Monthly Magazine, Dezembro), e a sua escrita é inicialmente dada à estampa em jornais e revistas, só conhecendo posteriormente a publicação em volume.  Tal acontece também com o seu primeiro romance, The Pickwik Papers (1836-1837), e com os seguintes, que são primeiramente publicados em folhetim mensal ou mesmo semanal. dickens_l-34949-pÉ editor de várias publicações periódicas como Bentley’s Miscellany, Household Words e All the Year Round, em que também colabora. 

A recepção de Charles Dickens em Portugal é marcada inicialmente pela tradução de várias narrativas breves que, retiradas em grande parte da obra Sketches by Boz, são também publicadas em folhetim, ainda no século XIX, e sobretudo na década de 1860.  É também no século XIX  que são apresentadas ao público leitor em português as primeiras traduções de cinco dos seus romances: Oliver Twist (1837-1839), The Life and Adventures of Nicholas Nickleby (1838-1839), A Tale of two Cities (1859), Great Expectations (1860-1861)  e The Posthumous Papers of the Pickwick Club (1836-1837).

O século XX concentra a publicação das suas obras sobretudo nas décadas de 1940 e 1950, traduzindo pela primeira vez nessa altura mais seis romances:  The Old Curiosity Shop (1840-1841), Hard Times, for these Times (1854), The Life and Adventures of Martin Chuzzlewit (1843-1844), The Mystery of Edwin Drood (romance que a sua morte, em 1870, deixa inacabado), Dealings with the Firm of Dombey and Son (1846-1848) e Little Dorrit (1855-1857). dickens_copperfieldNo final do século XX assiste-se novamente sobretudo à tradução de narrativa breve, desta feita publicada predominantemente para um público infantil e juvenil.  

O seu romance favorito, de evidentes traços autobiográficos, David Copperfield (1849-1859), é traduzido pela primeira vez em 1909, sendo retraduzido e publicado em Portugal sete vezes.  Contudo, entre os seus maiores sucessos entre nós destacam-se as mais de vinte traduções diferentes de “A Christmas Carol in Prose: A Ghost Story of Christmas” (1843)  bem como as dezassete traduções diversas do romance Oliver Twist, or, the Parish Boy’s Progress (1837-1839). Digno de nota na recepção de Charles Dickens entre nós é ainda o filme do realizador João Botelho, Tempos Difíceis, este tempo, que, em 1988, adapta o romance Hard Times, for these Times (1854), com música de António Pinho Vargas e a participação de Henrique Viana, Julia Britton, Eunice Muñoz, Ruy Furtado e Isabel de Castro, entre outros.