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Frei Mariano Veloso (1742-1811)

MOSTRA | 11 Outubro - 30 Novembro 2011 | Sala de Referência | Entrada livre

 

frei_veloso_1 A Biblioteca Nacional de Portugal assinala os 200 anos da morte  de José Mariano da Conceição Veloso, naturalista brasileiro e fundador da tipografia do Arco do Cego, em Lisboa.. Nascido na cidade de Tiradentes (à época, localidade de São José do Rio das Mortes), no Estado de Minas Gerais, tornou-se franciscano em 1761 e veio a ser ordenado no convento de Santo António, no Rio de Janeiro, onde estudou Filosofia e Teologia e, tornado pregador, ministrou Retórica e História Natural a partir de 1771.


Foi como autodidacta que Frei Mariano Veloso se dedicou aos estudos sobre botânica, tendo criado um museu de espécimes no seu claustro quando trabalhava na aldeia indígena de São Miguel, em São Paulo. Em 1782, o vice-rei Luís de Vasconcelos e Sousa convidou-o a participar numa expedição botânica pela capitania do Rio de Janeiro que chefiou até 1790 e de resultou o envio de espécimes da flora e fauna para o Real Museu e Jardim Botânico da Ajuda, em Lisboa, e a publicação póstuma da obra Florae Fluminensis (1825-1827), com a descrição de cerca de mil e setecentas espécies animais, vegetais e minerais.


Trabalhando como botânico já em Lisboa na última década de Setecentos, publicou trabalhos de autores da época, como a tradução de Plantarum Cryptogamicarum Britanniae Lusitanorum Botanicorum (1800), fascículos de James Dickson. Foi então que se destacou como editor, responsável pela Casa Literária do Arco do Cego, de 1799 a 1801, sob a protecção de D. Rodrigo de Sousa Coutinho, com um papel relevantíssimo nas áreas de publicação que abrangeram a História Natural, a Agricultura, a Poesia, o Desenho, a Medicina, a Náutica, as Ciências Exactas, a Química e a História.


Com as invasões francesas, voltou para o Brasil em 1808 na embaixada que seguiu D. João VI, deixando antes publicado em Lisboa O fazendeiro do Brasil, enciclopédia de 11 volumes (1799-1806). Depois da sua morte, a biblioteca pessoal, com importantes e variados documentos e manuscritos, foi oferecida à Real Biblioteca do Rio de Janeiro, actual Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, que reeditou em 1976 uma amostra do total do seu trabalho, com desenhos atribuídos ao pintor italo-brasileiro João Francisco Muzzi, sob o título Plantas Fluminenses.