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Biblioteca Nacional de Portugal

Serviço de Actividades Culturais

Campo Grande, 83

1749-081 Lisboa

Portugal


Tel. 21 798 20 00
Fax 21 798 21 40
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Sítio web do Bicentenário:

 

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Bicentenário da Biblioteca Nacional do Brasil

 

A Biblioteca Nacional do Brasil celebra, a 29 de Outubro de 2010, o bicentenário da sua criação.

 

A Biblioteca Nacional de Portugal, que partilha com a sua congénere brasileira o facto – ímpar na História – de os respectivos diplomas de fundação terem sido firmados pelo mesmo chefe de estado em exercício, ou seja, o Príncipe Regente D. João, associa-se à efeméride, assinalando-a através deste destaque, além da oferta de cópias digitais de fundos luso-brasileiros e de uma significativa oferta de publicações.

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Na sequência da instalação da corte no Rio de Janeiro, em Março de 1808, o regente ordenou que a Real Biblioteca da Ajuda e a Livraria da Casa do Infantado fossem transferidas para o novo centro do Império Português. Os acervos seguiram em três remessas (uma no início de 1810 e as duas seguintes em Março e Setembro de 1811, respectivamente).  Contavam com cerca de 60.000 espécies, entre livros, manuscritos, estampas, mapas, medalhas e moedas. Muitas delas oriundas de colecções particulares doadas ao rei – desde D. José I - ou adquiridas pela Coroa, após o terramoto de 1755. Desse período salienta-se a doação da preciosíssima Livraria do eminente bibliógrafo Diogo Barbosa Machado, autor da monumental Biblioteca Lusitana.


O Decreto de 27 de Junho de 1810 dispôs que a Real Biblioteca e o Gabinete dos Instrumentos de Física e Matemática fossem instalados em casas do Hospital do Convento da Ordem Terceira do Carmo, sito na Rua Direita (actual Rua Primeiro de Março). Através do Decreto de 29 de Outubro do mesmo ano, D. João determinou que as colecções fossem instaladas no interior do referido edifício, sendo esse diploma considerado como o acto fundacional da Real Biblioteca da Corte do Rio de Janeiro que viria a franquear as suas colecções ao público em 1814.

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Após a proclamação da Independência, a sua designação foi alterada para Biblioteca Imperial e Pública da Corte (1822). O gradual enriquecimento das colecções tornou necessária a sua transferência, em 1858, para um prédio de maiores dimensões localizado no Largo da Lapa (actual Passeio Público).

 

 

Com a implantação da República (1889) passou a designar-se oficialmente Biblioteca Nacional, tendo sido publicado, em 1907, o Decreto n.º 1825, de 20 de Dezembro, que ampliava a obrigatoriedade do Depósito Legal a todo o país.

 

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O grande crescimento do acervo exigiu a construção de um edifício de raiz, onde actualmente se encontra instalada, na nascente Avenida Central (actual Rio Branco). O novo prédio, de estilo eclético com predominância de elementos neoclássicos, foi projectado pelo general SousaAguiar, tendo a sua construção demorado cinco anos. A sua inauguração ocorreu precisamente no dia em que celebrava o seu primeiro centenário.


Em 1990, foram agregadas à instituição outras funções nas áreas da difusão do livro e da leitura e da coordenação do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas, dando origem à actual Fundação Biblioteca Nacional.

 

A FBN conta presentemente com cerca de nove milhões de itens, conservados em diversos prédios, sendo considerada a maior biblioteca da América Latina e a oitava a nível mundial.. Entre as sua mais valiosas colecções contam-se a do Conde da Barca, a De Angelis, a de Teresa Cristina Maria (cerca de 50 000 volumes), resultante da doação de D. Pedro II após a implantação da República e à qual o deposto monarca atribuiu o nome da imperatriz, a de Benedito Otoni ou a da Casa dos Contos.


A instituição tem apostado, nos últimos anos, em programas de digitalização, de que resultou a criação e crescimento permanente da sua Biblioteca Nacional Digital.