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Um contista nato


Soeiro Pereira Gomes 100 anos de um clássico

MOSTRA BIBLIOGRÁFICA | 1 a 23 de Abril de 2009 | BNP | Entrada livre

 

soeiro_thumbJoaquim Soeiro Pereira Gomes (1909-1949) nasceu no seio de uma família de média burguesia rural de Baião, perto do Porto.

 

Quando todos os irmãos seguiram a via universitária, Joaquim optou pelos estudos técnicos de regente agrícola, que frequentou em Coimbra, vindo a deslocar-se para os arredores de Lisboa onde trabalhou nos escritórios de uma fábrica e contactou com meios operários que, caso excepcional no Neo-Realismo, constituíram a ambiência da sua ficção narrativa.

Começando por escrever, pelo menos desde 1935, contos e crónicas para jornais onde veio a estrear-se em 1938 por influência de Casais Monteiro, seu cunhado, a seguinte e fulgurante incursão pelo romance, a começar por Esteiros (1941), não deixa de ser devedora a uma técnica de escrita que remete para a economia de meios expressivos da «short story»: do seu primeiro livro chegou a extractar, para divulgação em periódicos, pequenos capítulos cuja unidade temática lhes confere o formato de verdadeiros contos dentro do romance. soeiro2_thumb

 

Do mesmo modo, os textos que, na época, se apresentaram como crónicas, adquirem a dimensão ficcional do conto, género através do qual o escritor afinal haveria de alimentar inconclusos projectos, deixando também inacabado um romance, Engrenagem (1951), cuja edição póstuma confirmou o grande nível do ficcionista demasiado cedo malogrado, vítima de doença e após uma vida de clandestinidade política.