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LIVROS | LEITURAS | AUTORES
Programa 2009

 

 


Encontro com...
Lídia Jorge

18 de Março de 2009 | 17h30 | Auditório da BNP | Entrada livre

 

lidia_jorge_thumbTrata-se de uma iniciativa que se realiza no âmbito do programa Livros | Leituras | Autores, organizado conjuntamente pela Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) e pela Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas (DGLB), vocacionado para incentivar o debate sobre a criação literária e promover o conhecimento dos autores de língua portuguesa, através, nomeadamente, de cursos livres, comunidades de leitores e encontros com autores.

A sessão contará com intervenções da Escritora, bem como de Ana Paula Ferreira, investigadora radicada nos EUA, onde lecciona Estudos Portugueses, Teoria Crítica e Estudos de Mulheres na Universidade da Califórnia (Irvine) e de Fernando Pinto do Amaral, professor da Universidade de Lisboa (Faculdade de Letras), poeta, crítico literário e tradutor. A leitura de textos estará a cargo dos actores João d’Ávila e Maria José Pascoal.

 

Será exibido, durante esta semana, na sala de projecções da BNP, o filme A Costa dos Murmúrios, realizado por Margarida Cardoso (Filmes do Tejo, 2004).


Lídia Jorge, considerada uma das romancistas de maior sucesso na literatura portuguesa contemporânea, nasceu em Boliqueime, em 1946 e é  licenciada em Filologia Românica pela Faculdade de Letras de Lisboa.

Foi professora de liceu em Lisboa e em África - Angola e Moçambique - para onde partiu em 1970. Ali viveu o marcante ambiente da guerra colonial, que mais tarde viria a ficcionar no romance A Costa dos Murmúrios.

De regresso a Lisboa, a par da criação literária, a escritora prosseguiu a actividade docente, tendo sido professora convidada da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e desempenhado funções na Alta Autoridade para a Comunicação Social (1990-1994).

A sua primeira obra, O Dia dos Prodígios, que se constrói como uma alegoria ao país fechado que era Portugal no período do Estado Novo, alcançou grande sucesso junto do público e da crítica, tendo Lídia Jorge sido saudada, desde logo, como uma das grandes vocações literárias das últimas décadas e uma voz renovadora do imaginário romanesco português.

O experimentalismo que marca, sobretudo, as suas primeiras obras, adquire entretanto um tom mais realista, nomeadamente em O Jardim sem Limites, onde à pequena aldeia de Vilamaninhos, se substitui Lisboa, a metrópole europeia onde se cruzam todas as influências.

Nos seus romances, cuja escrita reflecte a atenção que dispensa aos aspectos da oralidade, verifica-se uma grande variedade temática ligada, sobretudo, à problemática da mulher, aos problemas colectivos do povo português e às circunstâncias históricas e mudanças da nossa sociedade após a Revolução de 25 de Abril.

Os livros de Lídia Jorge, que se encontram traduzidos em numerosas línguas, têm-lhe merecido muitos prémios, quer a nível nacional, quer internacional, nomeadamente o seu romance mais recente Combateremos a Sombra (2007), que acaba de ser distinguido com o Prémio Charles Bisset 2008, atribuído pela Associação Francesa de Psiquiatria.