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Núcleos epistolares de Anselmo Braamcamp Freire, Joaquim de Carvalho, Carolina Michaëlis e Sousa Viterbo adquiridos pela BNP


Núcleos epistolares de Anselmo Braamcamp Freire (1849-1921), Joaquim de Carvalho (1892-1958), Carolina Michaëlis (1851-1925) e Sousa Viterbo (1846-1910)A Biblioteca Nacional de Portugal adquiriu diversos lotes de manuscritos, mormente literários, num leilão promovido por Pedro de Azevedo Leiloeiro-Livreiro, em Maio de 2007, da segunda parte da biblioteca de um historiador do livro.

Destinados a incorporação no Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea (ACPC) da BNP, os documentos formam quatro conjuntos distintos, provenientes do fundo da casa editorial de Delfim Guimarães, existente desde 1899 e ainda em actividade, com a seguinte composição:

– 23 cartas de Anselmo Braamcamp Freire (1849-1921) para o editor Delfim Guimarães, sendo as três últimas escritas por sua mulher Luísa, respondendo a pedidos de informação acerca, entre outros, de D. Leonor de Mascarenhas, António de Sá de Menezes (corrigindo Carolina Michaëlis) e D. Ângela de Noronha, e agradecendo, com comentários eruditos e referências curiosas a Teófilo Braga, a oferta de Crisfal. Anselmo Braamcamp Freire foi sócio da Academia das Ciências de Lisboa, Presidente da Câmara Municipal da capital (eleito nas listas do Partido Republicano, após ter rompido com a Monarquia e renunciado, em 1907, à dignidade de Par do Reino) entre 1909 e 1913, Deputado às Cortes Constituinte de 1911, primeiro Presidente do Senado e autor de inúmeras obras de história e genealogia.

– 11 cartas autógrafas de Joaquim de Carvalho (1892-1958) para o mesmo editor, datadas de entre 1923 e 1930, sobre vários assuntos editoriais, nomeadamente referentes à Imprensa da Universidade de Coimbra, planos de obras futuras e alguns breves apontamentos pessoais. Joaquim de Carvalho foi professor de Filosofia na Universidade de Coimbra, especializando-se na história das ideias, nomeadamente científicas. Autor de inúmeros títulos publicados postumamente pela Fundação Calouste Gulbenkian em 9 volumes. Liberal e mação, Joaquim de Carvalho administrou a imprensa da sua Universidade entre 1921 e 1935, ano em que o seu colega António de Oliveira Salazar, então Presidente do Conselho de Ministros, ordenou o encerramento da actividade editorial da Instituição que o acolheu e a cujo corpo docente pertencia.

– 39 documentos autógrafos de Carolina Michaëlis (1851-1925), contendo correspondência para Delfim Guimarães, entre 1907 e 1925, referenciando edições já publicadas ou em preparação, como a Menina e Moça, de Bernardim Ribeiro, inéditos de Sá de Miranda ou sobre a discussão em torno da autoria de Crisfal (a que chama o “problema Crisfalesco”), etc. Carolina Michaëlis, nascida em Berlim e casada com Joaquim de Vasconcelos, filóloga, historiadora e professora da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, é uma das mais notáveis estudiosas da literatura medieval e clássica do seu país de adopção.

– 11 bilhetes postais de Sousa Viterbo (1846-1910), polígrafo e historiador, endereçados ao editor Delfim Guimarães (sendo 4 do punho de Sophia de Sousa Viterbo, filha do autor), agradecendo-lhe o envio de livros e dando-lhe conta, entre outros assuntos, do trabalho que estava a preparar acerca da infanta D. Beatriz de Portugal.