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Promenades

CONCERTO / LANÇAMENTO CD | 25 jul. '23 | 18h30 | Átrio do Anfiteatro | Entrada livre


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Apesar de Ruy Coelho ser maioritariamente conhecido como compositor de obras para orquestra: como sinfonias, óperas e bailados,P o repertório para piano de que é autor assume especial importância na sua produção global, tanto em quantidade como qualidade, não fosse o piano o instrumento da sua formação durante os anos como estudante no Conservatório Nacional, onde teve Alexandre Rey Colaço como professor.

 

Atualmente, o parco reconhecimento de Ruy Coelho como compositor para piano deve-se, principalmente, à escassa edição musical das suas obras para este instrumento e a estas estarem hoje fora do mercado. No entanto, ao longo de todo o século XX, as suas obras foram interpretadas por vários pianistas portugueses e estrangeiros, destacando-se Lourenço Varella Cid, Nina Marques Pereira, Nella Maissa, José Carlos Picoto, Aline van Barentzen e Fernando Laires, entre outros. Fernando Laires e a sua esposa, Nelita True, também pianista, foram igualmente responsáveis pelas primeiras gravações comerciais da Sonatina e do Álbum para a Juventude Portugueza, respetivamente, para a antologia de música portuguesa da Educo Records, com direção artística de Fernando Laires, que foi gravada na década de 1970. Estas gravações, tal como as partituras publicadas, estão hoje fora do mercado.

 

O espólio de Ruy Coelho, doado em 2011 à Biblioteca Nacional de Portugal, integra variados exemplos de obras para piano solo, música de câmara com piano e piano concertante. As primeiras edições críticas da obra para piano de Ruy Coelho estão a ser publicadas pelo MPMP Património Musical Vivo e incluem quatro das cinco obras apresentadas neste CD, nomeadamente Sonatina (1932), Promenades enfantines à Paris (1935), Três Prelúdios (1962) e Três Prelúdios Peninsulares (s. d.). A escolha destas obras, além de ter como critério de seleção as edições críticas citadas, deve-se também ao facto de serem exemplos bastante representativos da música para piano do compositor: a Sonatina enquanto única obra para piano solo com estrutura maior, composta por três andamentos; Três Prelúdios e Três Prelúdios Peninsulares como conjuntos de peças que incluem exemplos significativos da escrita de Ruy Coelho, como a utilização de texturas orquestrais, temas reminiscentes da música tradicional portuguesa e uma forma rapsódica; Promenades enfantines à Paris enquanto ciclo de peças com títulos descritivos e com clara influência da música francesa do início do século XX, nomeadamente de Debussy. Optou-se por incluir também o Álbum para a Juventude Portugueza (1933): não só por ser a obra para piano mais conhecida do compositor, mas também pelo seu carácter pedagógico adjacente e por apresentar, ao longo das 15 peças que a constituem, uma multiplicidade de estilos que permitem ter uma maior visão global da escrita para piano de Ruy Coelho.

 


Programa

Ruy Coelho (1889-1986)

Bernardo Santos, piano

 

Três Prelúdios (1962)

Deciso (Allegro)

Vivo

Lento

 

Promenades Enfantines à Paris (1935)

Première Promenade à pied – Le Matin: au Jardin du Luxembourg

Deuxième Promenade à pied – Après midi: A travers le Bois de Boulogne

Promenade en Chemin de fer – A Versailles

Promenade en bateau – Au coucher du soleil: Au Lac du Bois de Boulogne

Promenade en ascenseur – A la Tour Eiffel

Promenade… au lit – L’enfant s’endort

 

Álbum para a Juventude Portugueza (1933)

Canto de Paz

Coral Alentejano

Cantiga Popular

Scena d’Amôr (Carochinha e João Ratão)

Dança do Ribatejo (Fandango)

Marcha dos Camponeses

Dança do Norte

Valsa Rústica

Barcarola

Toccata

À Noitinha

Canção dos Ceifeiros

Prelúdio

Noturno

Estudo

 

Sonatina (1932)

Allegro

Andante: Expressivo

Final: Allegro Vivo

 

Três Prelúdios Peninsulares (s.d.)

Allegro

Andante

Molto vivo