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José Francisco Arroyo (1818-1886)

DESTAQUE | 23 abril - 26 maio '18 | Sala de referência | Entrada Livre

Nascido na cidade basca de Oiartzun, filho de um músico militar, José Francisco Arroyo veio viver para Portugal ainda criança. Iniciou no Porto a sua carreira de músico primeiro como clarinetista na banda de um regimento militar e, pouco depois, na Orquestra do Teatro de S. João.


Ajudou a fundar, em 1846, o Montepio Filarmónico Portuense, associação mutualista de proteção aos músicos e outros artistas. A partir de 1849, dirigiu a Banda de Música da Guarda Municipal do Porto e, entre 1858 e 1859, foi, juntamente com José Maria Braz Martins, diretor artístico do Teatro das Variedades, tendo escrito música para as peças: O segredo do tio Vicente, opereta em 1 ato; Recordações da guerra da Península, drama em 5 atos; e Gonçalo de Amarante, drama sacro-histórico em três atos e um prólogo.


Em 1855, abre na rua Formosa um armazém de instrumentos e objetos de música, e em 1860 sucede a João António Ribas na direção da União Musical, ao tempo a mais importante associação profissional do meio artístico português.


Em 1862, a mudança de comando da Guarda Municipal do Porto levou à dissolução da banda e à demissão de Arroio da regência, o que o levou, com algum desencanto, a abandonar a música e a dedicar-se exclusivamente à gerência do seu estabelecimento comercial, afirmando-se entre a burguesia portuense como um dos mais influentes comerciantes e intelectuais da época.


O desencanto pela profissão de músico levou-o a proibir os filhos de enveredarem por ela. No entanto, todos os seus cinco filhos revelaram apetência musical: José Diogo Arroio, doutorado em Química, foi professor universitário e pianista; António José Arroio, engenheiro, deputado e inspetor do ensino técnico, foi crítico de arte, cantor lírico e pianista; Rita Hilária foi uma amadora musical; João Marcelino Arroio foi jurista, político e também músico; e Josefa Beatriz foi cantora lírica.


Compôs obras de diversos géneros, destacando-se as óperas Bianca de Mauleon (1846) e Francesca Ventivoglio (1849). Além de composições teatrais, hinos militares e políticos, escreveu também música sacra, um conjunto de Doze estudos para flauta, que dedicou a João Parado, e uma Cantata dedicada à rainha D. Maria II de Portugal (1852). Também produziu música para banda, destacando-se a composição Marcha fúnebre dedicada ao rei Carlos Alberto da Sardenha (1849).