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Centro Internacional das Artes José de Guimarães

 

 


 

 

 

 

 


José de Guimarães . obra gráfica

CERIMÓNIA DE DOAÇÃO | 14 nov. '17 | 18h00 | Auditório | Entrada livre


Entre finais dos anos 70 e o ano 2000, José de Guimarães fez progressivamente entrega à BNP de um exemplar da sua produção de obra gráfica, doação essa que passou a integrar as coleções de iconografia da Instituição, e que ficou assinalada, nesse mesmo ano, por uma exposição com catálogo publicado.


Por iniciativa e vontade do artista, esse património da BNP é agora completado com as obras produzidas desde o ano 2000 até à atualidade. No conjunto total, a coleção doada ascende a 346 obras, produzidas ao longo de mais de 50 anos.


Com a presença de Sua Excelência o Ministro da Cultura e da Professora de História de Arte, Raquel Henriques da Silva, a cerimónia que formaliza esta segunda doação traduz o reconhecimento da BNP pelo gesto do artista, ao mesmo tempo que sublinha a relevância da  vasta obra de José de Guimarães no panorama da arte contemporânea e a importância da sua integração num acervo público de grande amplitude cultural como é o da Biblioteca Nacional.

 

 

José de Guimarães nasceu em Guimarães, em 1939 e desde 1995 que reparte a sua vida entre Lisboa e Paris.


Uma estadia em Angola entre a década de 60 e 70 do século XX, tornar-se-ia um vetor determinante na definição do seu vocabulário artístico, assim como o contacto com especialistas em etnologia africana que o conduzem à compreensão de uma simbologia existente em muitas peças de arte negra e sugerem-lhe um projeto artístico movido por uma tentativa de osmose entre duas formas de expressão plástica, europeia e africana. Mas se a primeira década de produção artística se baseia em África, nos mais de quarenta anos de trabalho, encontram-se séries completas dedicadas às culturas chinesa e japonesa, à arte de Rubens, à literatura de Camões ou à conceção particular da morte no México. Nos últimos anos, verifica-se que o seu percurso reflete uma vocação de formas e figuras tendencialmente cosmopolita.


Assim, a sua expressão plástica tem vindo a acentuar a convivência de todos os fatores dominantes num longo percurso artístico e tem privilegiado a luz de NÉON e a luz de LED, sobretudo em caixas de madeira, que propõem um exterior de austeridade contrastante com a encenação do seu espaço interior, tratado com traços luminosos de NÉON e LED, pintura, colagens e objetos desviados do sentido que lhes é conferido pela sua função tradicional.


Tendo realizado numerosas exposições em vários países, e, para além de exposições antológicas anteriores realizadas em Bruxelas no Palais des Beaux-Arts (1984), no Museu de Arte Moderna (Cidade do México, 1987), na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, e na Fundação Serralves, Porto (1992), na última década, viu serem-lhe dedicadas exposições antológicas ou retrospetivas em Portugal (Cordoaria Nacional, Lisboa, 2001 e Fundação Carmona e Costa, Lisboa, 2012), na Alemanha (Museu Würth, Künzelsau, 2001), em Tóquio (Hillside Fórum, 2002), na Suíça (Art Fórum Würth, Arlesheim e Chur, 2003), no Brasil (Fundação Cultural FIESP, 2005 e Museu Afro Brasil, 2006, São Paulo), Espanha (Fundação Caixanova, 2003, e Museu Würth La Rioja, 2008), Luanda (Centro Cultural Português, 2009), em Itália (Art Fórum Würth, Roma, 2010), em Bruxelas (Espace Européen pour la Sculpture, 2007 e Parlamento Europeu, 2012) e na China (Museu Yan Huang, Pequim, 1994, Today Art Museum, Pequim, 2007, Suzhou Jinji Lake Art Museum, Suzhou, 2012 e Museu de Arte da província de Shaanxi em Xian, 2013). Em 2012, é eleito Presidente da Sociedade Nacional de Belas Artes. No Centro Internacional das Artes José de Guimarães, em Guimarães, participou nas exposições: “Para Além da História” (2012), “Lições da Escuridão” (2013), “Provas de Contacto” (2014) e "Pintura: Suites Monumentais e Algumas Variações” (2015). Em 2016 inaugura a exposição “Esconjurações na Coleção Millennium bcp e noutras obras de José de Guimarães”, na Galeria Millennium, em Lisboa e participa na exposição "Portugal Portugueses - Arte Contemporânea" no Museu Afro-Brasil, em São Paulo. Em 2017 faz parte da exposição "Portugal em Flagrante I" e "Portugal em Flagrante II", no Centro de Arte Moderna,  Fundação Gulbenkian, Lisboa, e integrou a exposição “L’Internationale des Visionnaires", comissariada  por Jean-Hubert Martin, em Montolieu, França..


O seu trabalho, representado nas mais relevantes coleções institucionais em Portugal e um pouco por todo o mundo, com especial incidência no Japão e Alemanha, propõe cruzamentos com a arte de civilizações não ocidentais - africana, chinesa e meso-americana – uma busca incessante de relações não verbais, a que não é estranho o labor de colecionador a que se vem dedicando há várias décadas.


Fonte: CIAJG / Centro Internacional das Artes José de Guimarães