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Horário

2.ª - 6.ª 09h30 - 19h30

sáb.  09h30 - 17h30

 

 

Folha de sala

 


Delfim Maya (1886-1978)

DOAÇÃO DO ESPÓLIO | CONFERÊNCIA | 16 out. '17 | 18h00 | Auditório BNP | Entrada livre

MOSTRA | 16 out. - 18 nov. '17 | Sala de Referência | Entrada livre


Conferência

 

Maria Inês Cordeiro | Biblioteca Nacional de Portugal
Cristina Azevedo Tavares | Faculdade de Belas Artes de Lisboa
Leonor Loureiro | Instituto Politécnico de Tomar
Francisco Pereira Dias | Fundação da Casa de Bragança
Maria José Maya, neta do escultor e doadora do espólio documental

Cerimónia da doação do espólio à Biblioteca Nacional de Portugal e de correspondência da Rainha D. Amélia à Fundação da Casa de Bragança

 

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No âmbito das comemorações dos 130 anos do nascimento do escultor Delfim Maya, o seu espólio documental irá ser formalmente entregue à Biblioteca Nacional de Portugal, numa sessão evocativa da sua vida e obra, que se iniciará com a inauguração de uma pequena mostra do mesmo.


Delfim Maya integra a primeira geração de modernistas portugueses, tendo-se destacado pelas esculturas em folha de metal, planificadas, recortadas e dobradas, peças únicas sem qualquer soldadura. No catálogo da exposição comemorativa do centenário do seu nascimento que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, em 1987, José Augusto França refere: «Ele foi, entre os grandes e célebres escultores que trabalharam o metal, o único que assim fez». Ainda sobre o seu pioneirismo no tratamento dos metais, afirma Sommer Ribeiro: «A anatomia e o movimento não têm para ele segredos, mas onde se vem a revelar um grande inovador é na folha de metal recortada, que projetada sabiamente, o deixa num lugar bem alto da escultura portuguesa».


Delfim Maya foi oficial de cavalaria, distinto cavaleiro, sendo os cavalos a sua grande paixão e o principal motivo da sua obra artística.

 

Tendo jurado fidelidade ao Rei e sendo homem de uma só palavra, Delfim Maya manteve-se monárquico até ao final da vida. Afastado do Exército em 1919, na sequência do Movimento de Monsanto, que visava restaurar a monarquia, esteve preso no Forte de São Julião da Barra, em Oeiras, de onde se evadiu. Exilou-se em Espanha, onde viveu entre Madrid e Sevilha até meados de 1921, altura em que foi amnistiado.


Em 1930, voltou a ser preso por razões políticas, desta vez na Fortaleza de São Tiago, no Funchal, onde se ocupou a pintar os barcos que via no porto. Quando voltou a Lisboa, com 44 anos, montou o seu atelier e passou a dedicar-se profissionalmente à atividade artística.


O exílio em Espanha possibilitou-lhe o contacto com os movimentos artísticos internacionais da época, daí que a sua obra seja completamente diferente da escultura portuguesa daquele período.

 

Para além da mostra patente na BNP, a comemoração dos 130 anos do seu nascimento assinala-se com mais três exposições: «Delfim Maya. Escultor do movimento», de 24 de março de 2017 a 28 de janeiro de 2018, no Museu Municipal de Vila Franca de Xira; «Delfim Maya. Escultor ibérico», de 6 de maio a 31 de outubro de 2017, no Museu Militar de Lisboa; e «Delfim Maya. Escultor de vanguarda», de 1 de abril a 4 de junho de 2017, no Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha.

 

O espólio documental agora doado à Biblioteca Nacional de Portugal – que ficará acessível ao público – é constituído por planificações de esculturas em folha de metal recortada, folhetos e postais de sua autoria, catálogos e críticas das suas exposições, correspondência diversa, fotografias e documentos relativos à vida militar e ao hipismo.