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A publicação na INCM

 

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O códice na BND

[Textos literários, históricos e políticos em prosa e em verso]

 


Miscelânea Pereira de Foios
Edição crítica, introdução e notas de José Miguel Martínez Torrejón

LANÇAMENTO | 19 junho '17 | 18h00 | Auditório | Entrada livre

 

A Imprensa Nacional-Casa da Moeda publica a Miscelânea Pereira de Foios, com edição crítica, introdução e notas de José Miguel Martínez Torrejón e textos latinos editados e traduzidos por Inês de Ornellas e Castro e Maria do Rosário Laureano Santos.

A obra, cujo original pertence ao acervo de manuscritos da BNP (Cod. 8920) é apresentada por Aires do Nascimento, João Alves Dias e Ivo Castro.

Além de ser uma compilação de referência para a compreensão da história da poesia peninsular quinhentista, pela diversidade aos níveis do conteúdo, géneros e autores, a Miscelânea Pereira de Foios, recompilada entre 1571 e 1577, é muito mais do que um cancioneiro e possibilita paralelamente uma leitura das circunstâncias da política ibérica do século XVI: reune um total de 131 documentos históricos referentes, principalmente, aos reinados de D. João III, D. Sebastião, Carlos V e Felipe II; bem como 213 poemas em castelhano (84), português (60) e latim (69) - línguas que também se entrecruzam nos textos em prosa, tudo datável entre 1386 e 1577 (predominantemente a partir de 1554).

Trata-se de um híbrido entre os chamados livros copiadores e os cancioneiros, onde a interação entre esses elementos díspares e de distinta autoria, que se apresentam entrelaçados, permite um diálogo que lhes confere um significado novo e, naturalmente, facilita em grande medida o ocultamento de mensagens incómodas. O anónimo compilador, ao escolhê-los, e decidir a ordem em que os apresenta, dá-lhes um sentido novo e coletivo: são protagonistas do volume D. Sebastião (1568-1578), apresentado como rei caprichoso e dominado pelos seus validos, cujo governo de dez anos merece censura, assim como o seu tio e futuro herdeiro, Filipe II, retratado, por sua vez, como rei cruel, gastador, cheio de dívidas, depredador do seu reino e muito prestes a fazer e desfazer no de Portugal.