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2.ª - 6.ª 09h30 - 19h30

sáb.  09h30 - 17h30

 

 

Folha de sala

 

Conferência: Jane Austen 200. Portugal | Programa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Apoio: 


Jane Austen em Portugal: (con)textos

MOSTRA | 10 maio - 1 jul. '17 | Sala de referência | Entrada Livre
CONFERÊNCIA | Jane Austen 200. Portugal | 10 maio | 15h00 - 18h00 | Auditório | Entrada Livre | Programa

Em 2017 assinala-se os 200 anos da morte de Jane Austen (1775-1817), a criadora de personagens como Elizabeth Bennet e de Mr Darcy, e uma das mais conhecidas romancistas britânicas, devido, em grande parte, ao facto de as suas obras terem sido adaptadas ao cinema e à televisão desde 1938. A autora nunca assinou os seus romances em vida, sendo conhecida inicialmente entre leitores aristocratas, que apreciavam quer os seus universos morais e éticos ficcionados de forma realista, quer a sua irónica crítica social.

Se Watt (The rise of the novel, 1957: 296-299) situa Austen na fase final do período da ‘ascensão’ do romance inglês, Leavis (The great tradition: George Elliot, Henry James, Joseph Conrad, 1948: 16) considera-a a inauguradora da grande tradição do romance inglês, que continuaria com George Eliot, Henry James e Joseph Conrad, concluindo  Seager (“Introduction”. In Jane Austen - Lady Susan and other stories, 2013: vii) que a romancista faz a ponte entre o romance britânico do século XVIII e o período do apogeu desse género literário, no século XIX. Graças ao cinema e à televisão — desde 1940, ano em surgem a Jane Austen Society e a primeira adaptação fílmica de Pride and Prejudice, mas sobretudo a partir dos anos 90 — e ao turismo literário, a obra da romancista tornou-se parte do imaginário popular mundial, e veicula (e reforça) o constructo que é percecionado como Englishness, nomeadamente paisagens, comportamentos e aspetos do quotidiano (sobretudo feminino) da Inglaterra dos séculos XVIII e XIX. Os universos possíveis das suas narrativas ficcionais continuam a seduzir o público do século XXI, sendo certamente das mais lidas romancistas britânicas. É notório o interesse crescente pelos seus seis romances e pela sua ‘obra menor’, bem como pela sua biografia, assumindo, por vezes, esse interesse a forma de ‘culto’.

A presente mostra demonstra, de forma representativa, o sucesso da obra de Jane Austen em Portugal, desde as primeiras traduções dos seus romances — Sense and Sensibility (1811), Pride and Prejudice (1813), Mansfield Park (1814), Emma (1815), Northanger Abbey (redigido em 1803, publ. 1817) e Persuasion (1817) —, às quais se têm juntado, recentemente, versões das suas narrativas ficcionais mais desconhecidas e que fazem parte da sua Juvenilia.

 

Rogério Miguel Puga