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2.ª - 6.ª 09h30 - 19h30

sáb.  09h30 - 17h30

 

Folha de sala

 

Visitas dialogadas

5 dez. '16 | 17h00
Os Dominicanos: escrever e ler.
por António Camões Gouveia e Fernanda Campos
+
14 dez. '16 | 17h00
Os Dominicanos: a escrita e a Inquisição.
por  Fernanda Campos e João Martins

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Apoio: 


Os Dominicanos em Portugal (1216-2016):

testemunhos de um legado escrito

EXPOSIÇÃO | Inauguração: 11 nov. '16 | 17h30 | Museu do Livro | Entrada livre / até 30 dez. '16

A Ordem Dominicana, confirmada em 1216, cumpre oito séculos em 2016. Entendendo esta efeméride como uma oportunidade para a investigação e para a divulgação do trabalho científico, o Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR) da Universidade Católica Portuguesa e o Instituto São Tomás de Aquino (ISTA) decidiram concretizar em conjunto um programa de trabalhos intitulado Jornadas de História – Os Dominicanos em Portugal (1216-2016), que pretende promover a revisão historiográfica sobre a Ordem Dominicana e valorizar a herança cultural da sua presença em Portugal que se organizou em três Jornadas com enfoques específicos.


Relembremos que a Ordem dos Pregadores conhecida também por Ordem de S. Domingos foi fundada por S. Domingos de Gusmão (1170-1221) com o objetivo de contribuir para o combate aos heréticos através da pregação. Essa missão era acompanhada por uma dedicação aos estudos teológicos, à produção de textos e ao ensino, de forma a assegurar a melhor formação do clero e assim prepará-lo para o exercício das suas funções.


A exposição bibliográfica que se apresenta, no âmbito das Jornadas, tem como principal objetivo ilustrar alguns marcos da produção escrita dos Dominicanos e Dominicanas, com especial destaque para autores e pensadores intemporais e para os portugueses que se distinguiram em domínios tão diferentes, mas complementares, como a historiografia, a parenética, a hagiografia, a catequética e a literatura de devoção e piedade, em geral.


As coleções da Biblioteca Nacional de Portugal (BNP) contêm abundantes testemunhos da produção escrita dos Pregadores. Para além da presença das grandes figuras da Teologia que foram Santo Alberto Magno (1193-1280) e S. Tomás de Aquino (1225-1274) temos, entre os autores portugueses, onde se conta também Frei Luís de Granada (1505-1588) que viveu a maior parte da sua vida em Portugal, D. Frei Bartolomeu dos Mártires (1514-1590) arcebispo de Braga que se distinguiu na reforma das práticas eclesiásticas e deixou importante obra escrita, Frei Luís de Sousa (1555-1632) que o biografou e escreveu a História de São Domingos particular do Reino e outros, talvez menos conhecidos mas cujos contributos, no seu tempo, suscitaram interesse e, por vezes múltiplas edições. Referimo-nos a Frei Nicolau Dias (1525-1596) e Frei Diogo do Rosário (?-1580), ao missionário Frei Gaspar da Cruz (?-1570) que escreveu um importante relato sobre a China e o reino de Ormuz e a Frei Pedro Monteiro (1662-1735) que escreveu o Claustro Lusitano e também foi autor de uma História da Inquisição. A presença dos testemunhos escritos por religiosas dominicanas pode ver-se, sobretudo, na obra de Soror Violante do Céu (1601-1693) figura cimeira da poesia barroca portuguesa enquanto a arte das Dominicanas portuguesas na cópia e iluminura de manuscritos se reconhece em dois Livros de Coro que foram do convento da Anunciada de Lisboa.


A história dos Dominicanos não se esgota nas edições antigas que aqui se convocam e as obras presentes de Frei António do Rosário (1919-2004) e Frei Raúl de Almeida Rolo (1922-2004) ilustram uma linha de investigação e de reflexão onde, como no passado, os Dominicanos pretendem contribuir para o conhecimento da sua Ordem.


Fernanda Maria Guedes de Campos

Comissária