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2.ª - 6.ª 09h30 - 19h30

sáb.  09h30 - 17h30

 

 

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Apoio: 


Delfim Santos: o filósofo do diálogo

MOSTRA | 23 set. - 30 dez. '16 | Mezzanine | Entrada Livre

Delfim Pinto dos Santos (1907–1966) nasce no Porto, na Freguesia da Sé, a 6 de novembro de 1907. Em 1927, conclui os Cursos Complementares de Ciências e de Letras, e em 1931 licencia-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da sua cidade natal, onde é aluno de Leonardo Coimbra, Teixeira Rego, Newton de Macedo, Luís Cardim e Aarão de Lacerda. São seus condiscípulos Agostinho da Silva, Álvaro Ribeiro, Adolfo Casais Monteiro, Sant'Anna Dionísio e José Marinho. Em Coimbra, associa-se ao grupo da revista presença, de José Régio e João Gaspar Simões.

Em 1935 parte para Viena, como bolseiro do Instituto para a Alta Cultura (IAC), para estudar a filosofia das ciências junto do Círculo de Viena e escreve uma obra crítica sobre o neopositivismo, intitulada Situação valorativa do positivismo. No semestre 1936-37 chega a Berlim para contactar com Nicolai Hartmann, seguindo para o University College de Londres e continuando os seus trabalhos no Trinity College, de Cambridge.

Em 1937 vai de novo para a Alemanha como leitor de língua e cultura portuguesas na Universidade de Berlim. Recebe em 1940 o grau de doutor pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra com uma dissertação versando sobre Conhecimento e realidade, regressando a Berlim onde permanece até 1942.

Em 1943 é convidado para assistente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1947 concorre a Professor Extraordinário da mesma Secção com a dissertação Fundamentação existencial da pedagogia e em 1950 torna-se o primeiro professor catedrático de Pedagogia em Portugal.

Participa em vários congressos internacionais de filosofia na Europa e em 1949 integra a delegação oficial portuguesa ao Congresso Nacional de Filosofia em Mendoza, Argentina. Em 1954 integra a representação portuguesa às comemorações do IV Centenário da Fundação da Cidade de São Paulo, sendo convidado para orador da sessão plenária inaugural do Congresso Internacional de Filosofia, tal como no Primeiro Congresso Nacional de Filosofia, em Braga, 1955.

Delfim Santos foi membro efetivo da Academia das Ciências de Lisboa, proposto por Aquilino Ribeiro, e Presidente da Sociedade Portuguesa de Escritores (SPE). Em 1962 é convidado pela Fundação Calouste Gulbenkian a apresentar uma proposta para a criação do Centro de Investigação Pedagógica dessa Fundação, do qual será nomeado diretor.

As suas Obras completas, editadas postumamente em 4 volumes pela Fundação Gulbenkian, conheceram já 3 edições sucessivas. Aí se plasma o seu pensamento ágil e interpelante, com estimulante incitação à reflexão crítica, em que sobressai a vocação para o diálogo e a atitude de compreensão dos outros.

A presente exposição tem por objetivo assinalar o Cinquentenário do seu precoce desaparecimento (Cascais, 1966). A mostra evocativa percorre o seu itinerário de reflexão e intervenção cultural desde as origens portuenses até ao longo périplo europeu. Exibem-se alguns manuscritos e testemunhos de livros, artigos científicos, correspondência com escritores e traços da sua intervenção na imprensa que integram o Espólio BNP/E65. As fotografias evocativas do seu percurso biográfico e os objetos pessoais provêm do Museu Delfim Santos, na Escola Professor Delfim Santos.

Por incumbência do protocolo de doação assinado em 31 de maio de 2011 com a viúva, Manuela de Sousa Marques, a Biblioteca Nacional de Portugal cumpre o grato desígnio de prestar homenagem ao pensador rigoroso e ao notável professor que tão profundamente inspirou várias gerações dos seus alunos.

 

Filipe D. Santos

Comissário