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Cartaz

 

 

 

 

 


Bocageana teatral: na diáspora dos sentidos (1765-2015)

PERFORMANCE | 28 nov. '15 | 16h30 (após a Conferência - 15h30) | Sala de Exposições | Entrada livre

Este projeto recupera a obra teatral de Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765-1805), no ano em que se celebra o aniversário do seu nascimento. Trata-se também de devolver Bocage ao teatro, atendendo a que esta vertente da sua obra não foi ainda especialmente considerada. As traduções de textos de pendor trágico, como por exemplo, Eufémia ou O Triunfo da religião, um original de François Baculard d’ Arnaud, publicado em 1793, ou Atílio Régulo, um drama original de Pietro Metastasio, apenas publicado postumamente, em 1813; os fragmentos de peças históricas e heroicas, originais que revolvem os fragores do luso fado, em que personagens como o eterno Vasco da Gama exprime a nobreza do devir que desde sempre nos assola, ou ainda o único registo de cómico que se conhece de Bocage, novamente uma tradução do francês, O Ralhador, um original de Brueys e Palaprat, são matéria transformável para um espetáculo que figura, entre os pináculos da heroicidade e do trágico, as malhas da rede do cómico e do irónico.

Este jogo de subida, descida e enredamento é permeado pela figura de Bocage que, percorrido pela feroz exaltação poética, adensava os dias, sobretudo através da reescrita insaciável. Num espaço ora de luz ora de sombra, sem palco, mas em exposição e pela exposição (Da inquietude à transgressão: eis Bocage…) faz-se ouvir a polifonia do que nunca se dá por acabado. Da contemplação à vertigem, é explorada, em proximidade com espaço e conteúdo da exposição da BNP, uma economia de movimentos e gestos que plasmam a ficção dramática, o exercício literário que lhe deu origem, e a descoberta de uma certa forma de esplendor e exaustão, que antecede ambos, e recrudesce de vida procurada. De manuscrito em manuscrito, de peça em peça, de teatro em teatro, Bocage acerta o verso, denuncia o poder, atinge o espetador, e persegue a emoção pura que circunscreve uma audiência.

Este projeto será apresentado por Isabel Pinto, no âmbito dos 250 anos do nascimento de Bocage e da exposição Da inquietude à transgressão: eis Bocage…, comissariada por Daniel Pires, e após a Conferência Bocage e o Teatro do Século XVIII, por Vanda Anastácio, às 15h30 no Auditório BNP.
 
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