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Universidade Católica Porto

 

Teatro Nacional de São Carlos / OpArt

 

 

 

 

 

 


Jornadas Maestro Manuel Ivo Cruz:

duas gerações, a mesma paixão pela Música

ENCONTRO | 1 out. '15 | 18h00 | Auditório BNP | Entrada livre
EXPOSIÇÃO | 2 - 15 out. '15 | Foyer Teatro Nacional de S. Carlos | Entrada livre


Fruto de uma parceria entre a Biblioteca do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa, a Biblioteca Nacional de Portugal e o Teatro Nacional de São Carlos, através do seu Centro Histórico, as Jornadas Maestro Manuel Ivo Cruz: duas gerações, a mesma paixão pela Música têm como o objetivo divulgar e promover os espólios de duas figuras de relevo no mundo musical português: o Maestro Ivo Cruz e o seu filho Maestro Manuel Ivo Cruz.

Dia 1 de outubro, na Biblioteca Nacional, terá lugar um encontro com Maria João Pinto, Mário Moreau, Sílvia Sequeira e Sofia Lourenço para uma conversa em torno dos dois maestros, seus percursos e espólios e dia 2 de outubro, no Teatro Nacional de São Carlos, será inaugurada uma exposição documental que estará patente ao público até dia 15 de outubro.

Ivo Cruz nasceu em 1901, em Corumbá (Mato Grosso) e faleceu em Lisboa, em 1985. Iniciou os seus estudos musicais em Olhão e já em Lisboa estudou piano e composição. Licenciou-se em Direito na Universidade de Lisboa, em 1924 e iniciou nessa época investigações musicológicas em vários arquivos. Organizou também recitais com obras suas, assim como uma série de «concertos históricos», que marcaram o início das atividades do Renascimento Musical (RM), movimento inspirado nos ideais integralistas e dedicado à revalorização da música antiga portuguesa, em particular a dos séc. XVII e XVIII. Em 1925, partiu para Munique onde estudou Composição, Direção de Orquestra, Estética e História da Música.

Regressado a Lisboa em 1931, lecionou no Conservatório Nacional de Lisboa, retomou as atividades do RM e a divulgação da música portuguesa pré-clássica, fundando a Sociedade Coral Duarte Lobo, especialmente voltada para executar tal repertório. Promoveu as primeiras audições modernas e edições de algumas das mais notáveis obras de compositores como Carlos Seixas (1704-1742) e João de Sousa Carvalho (1745-1798), esforços que permitiram que se tornassem conhecidas do grande público e tivessem divulgação internacional. Em 1937 fundou a Orquestra Filarmónica de Lisboa e no ano seguinte substituiu Vianna da Motta na direção do Conservatório Nacional, cargo que manteve até se reformar em1971.

Entre a sua vasta e diversificada obra musical, incluem-se duas sinfonias, dois concertos para piano e múltiplas canções e peças instrumentais. Colaborou regularmente em diversas publicações, escreveu uma autobiografia que publicou em 1985 e reuniu uma importante coleção de partituras e outras obras de temática musical que se encontra na BNP, e que inclui impressos e manuscritos raríssimos, alguns únicos, e o maior conjunto conhecido de autógrafos de João Domingos Bomtempo (1775-1842).

O Maestro Manuel Ivo Cruz nasceu a 18 de Maio de 1935, tendo falecido a 25 de Dezembro de 2010.  Estreou-se muito cedo, ainda estudante universitário e de conservatório, como diretor de uma orquestra de câmara no Salão Nobre do Conservatório de Lisboa em 1954. Passados 2 anos, integrou o naipe de violoncelos da Orquestra Filarmónica de Lisboa, fundada e dirigida por seu pai.

Em 1962 enveredou profissionalmente pela atividade de diretor de orquestra e com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, partiu para a universidade de Salzburgo, Áustria, onde concluiu o curso de Direção de Orquestra da Academia Mozarteum com a mais elevada classificação.

Após o seu regresso, em 1966, assumiu o cargo de maestro titular da Orquestra Filarmónica de Lisboa e colaborou com outras orquestras, nomeadamente a Orquestra da Fundação Gulbenkian, a Orquestra Clássica do Porto, a Orquestra Sinfónica do Porto e a Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional passando em 1975 a desempenhar as funções de maestro-diretor no Teatro de São Carlos.

O seu repertório incluiu numerosas óperas da programação tradicional e de compositores coevos e dirigiu alguns dos maiores cantores líricos mundiais. Destaca-se, ainda, a gravação de discos e a publicação de trabalhos de musicologia.

A 3 de Junho de 1999, o seu espólio pessoal foi doado pelo próprio à Universidade Católica Portuguesa, com o desejo da criação de uma biblioteca musical para fruição da comunidade académica e público em geral.
 
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