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Colóquio Antero e a cultura crítica do século XIX

 

Mostra A questão do Bom senso e bom gosto

 

 

pianola

 

 

 

 


Veneza (Versão de Antero de Quental)

APRESENTAÇÃO | 30 set. '15 | 14h30 | Auditório BNP | Entrada livre

 

A Pianola, uma das chancelas d’O Homem do Saco, apresentará no último dia do colóquio Antero e cultura crítica do séc. XIX, o livro Veneza, uma versão de Antero de Quental (organização, introdução e notas de Andrea Ragusa) com Ana Maria Almeida Martins, Rui Ribeiro e Andrea Ragusa.

O texto Veneza foi publicado em 1881 n’A Europa Pittoresca, volume editado em Paris por Salomão Sáragga, amigo de Antero de Quental desde o tempo das Conferências Democráticas. Ao contrário do que afirmavam alguns dos primeiros comentadores, não se trata de um texto redigido integralmente por Antero, sendo por um lado uma tradução – de Venice, de Thomas George Bonney e de Voyage en Italie, de Hippolyte Taine – e por outro uma recriação, pois Antero também insere na sua versão inúmeros trechos de sua própria autoria.

O texto de Bonney, retirado do primeiro tomo de Picturesque Europe – recolha de crónicas de viagens publicada em Londres – pode considerar-se a base e o ponto de partida da edição portuguesa trabalhada pelo poeta açoriano, sendo traduzidas apenas algumas partes da versão inglesa. Em linha geral, Antero remete a Bonney (ou a John Ruskin, por este citado) pelo que diz respeito às descrições de algumas obras de arte, itinerários, paisagens – como a dos canais, dos barcos e das gôndolas, ou de determinados aspectos peculiares da cidade, como os pombos – juntando amplas traduções de Taine e outros trechos de sua própria mão, quando tenciona sublinhar a relação entre arte, ser humano, paisagem e história, ou pretende enriquecer e enaltecer o estilo. Os excertos do livro do pensador francês, pelo contrário, são traduzidos à letra, funcionando quase como uma alavanca que deve elevar o tom, imprimindo uma marca poética que dantes não tinha: o resultado final é portanto um novo texto híbrido, entre tradução e “transplantação”.

Juntam-se na presente edição, além da versão portuguesa realizada por Antero de Quental, também as ilustrações originais, e o texto inglês de Thomas George Bonney.
 
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