Numa época em que as afinidades republicanas encurtavam o oceano e a ameaça pangermânica instigava a afirmação da civilização latina, a revista Atlântida propôs-se promover um conhecimento recíproco entre as nações da língua de Eça e de Assis que se mostrasse capaz de conduzi-las a um relacionamento próximo.
Dirigido por João de Barros, poeta e publicista português, e por João do Rio, jornalista e cronista carioca, o Mensário Artístico, Literário e Social para Portugal e Brasil publicou 48 números entre os finais de 1915 e o início de 1920.
Embora a colaboração literária e plástica de autores reputados e o gosto convencional da época tenham feito o tom geral da revista, de acordo com uma perspectiva que via nos escritores e nos artistas a expressão lídima dos povos, os focos de interesses da publicação abarcaram igualmente questões políticas, as relações económicas e a actualidade, nomeadamente o evoluir e o desfecho da Grande Guerra.
Volvido um século, pretende-se recordar o empreendimento ambicioso e generoso que a Atlântida representou, através de duas jornadas de reflexão, de uma exposição evocativa, da publicação das cartas de João do Rio a João de Barros e da reprodução do conjunto das edições da revista em página electrónica própria.
Luís Andrade (FCSH-UNL)
23 out.
18h00
Inauguração da exposição com visita guiada por Luís Andrade (Comissário)
18h30 Auditório BNP
Sessão de abertura das Comemorações do Centenário da revista Atlântida
Presidência | António de Barros
Conferência inaugural | Lucia Guimarães (UERJ)
Apresentação do «Sítio Atlântida» | Luís Andrade (FCSH-UNL) e Lucia Guimarães (UERJ)
27 out.
18h00 Auditório BNP
A revista Atlântida. João de Barros e o Brasil
A revista Atlântida na correspondência de Paulo Barreto a João de Barros | Cláudia Poncioni (Sorbonne Nouvelle)
A Atlântida de João de Barros e de João do Rio | Zília Osório de Castro (FCSH-UNL)
João de Barros e a imprensa brasileira | Virgínia Camilotti (Universidade Metodista de Piracicaba)