Agenda 2007: Mostra evocativa “Alfredo Keil”
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1 a 31 de Outubro de 2007 na Sala de Referência | Entrada livre

MOSTRA EVOCATIVA
Comemoração do centenário da morte de Alfredo Keil

Visita guiada à mostra - 4/10/2007 : 17:30h

Palestra por Paulo Ferreira de Castro – Livraria BNP – 18:00h

Alfredo Keil (1850-1907), compositor, pintor, poeta, fotógrafo e coleccionista, nasceu em Lisboa, filho de pai alemão (o alfaiate do Rei D. Luís) e de mãe de origem alsaciana.

A desafogada situação financeira familiar proporcionou-lhe uma eclética formação que incidiu particularmente sobre a pintura e a música e se processou não apenas em Portugal, mas também na Alemanha e em França.

A notoriedade de que é alvo como autor do hino A Portuguesa, com letra de Henrique Lopes de Mendonça (1856-1931), que viria a ser adoptada como Hino Nacional com o advento da República, deve ter presente que a obra foi escrita em 1890, como uma reacção ao Ultimato britânico, e que a sua utilização como hino republicano, depois da revolução do Porto (31 de Janeiro de 1891) levou a que deixasse de poder ser tocada pelas bandas regimentais até 1910. A obra, com uma versão oficial estabelecida em 1956, tem uma orquestração de Frederico de Freitas (1902-1980) e uma versão coral-sinfónica de Joly Braga Santos (1924-1988).

Na produção de Keil como compositor sobressai a ópera e, em menor escala, a música para piano e para voz (solo e coro) e piano. Após algumas primeiras composições de menor dimensão, Keil apresentou no Teatro São Carlos, em 1888, a ópera D. Branca, com libreto baseado na obra de Garrett; Irene (1893) estreou em Turim, e em Lisboa em 1896. Serrana (1899), com libreto de Henrique Lopes de Mendonça sobre um conto de Camilo Castelo Branco, é a primeira com texto em português (as 2 óperas anteriores foram escritas originalmente em italiano). A sua ligação à literatura fica patente também na utilização de textos de Gomes Leal ou de Júlio Castilho nas obras para canto e piano. Na música instrumental avulta um grande número de pequenas peças para piano e 3 Suites orquestrais.

A vertente de coleccionador de Keil esteve na origem da recolha de instrumentos, a partir da qual se formou a colecção instrumental que está hoje reunida no Museu da Música. Por este motivo, o espólio musical do compositor encontra-se hoje nessa instituição.

Como modesto exemplo da sua vertente de pintor, optou-se por ilustrar esta mostra com uma página da partitura, em versão para canto e piano, da ópera Serrana, ornada com a reprodução de uma aguarela do autor.

Com significativa representação nos Fundos de Música da BNP, podem encontrar-se obras de Keil nos fundos originais desta instituição, bem como nos fundos provenientes do ex-IPPC, nomeadamente no Fundo Pavia de Magalhães.

A mostra comemorativa do centenário da sua morte apresentará composições manuscritas e impressas, libretos, programas e catálogos. Estará patente ao público durante o mês de Outubro.

No dia 4 será apresentada uma palestra pelo Professor Doutor Paulo Ferreira de Castro (Universidade Nova de Lisboa).

Área de Música da BNP


Horário de visita à mostra:

10:00H – 19:00H

Entrada livre
Mais informações através do endereço rel_publicas@bn.pt ou dos tels.:
21 798 2124 / 21 798 2428