Espólio de João Ameal
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De 6 de Maio a 28 de Junho de 2003 . Entrada Livre.

Espólio de João Ameal

A exposição biobibliográfica “Espólio de João Ameal” assinala o centenário do nascimento do historiador, ensaísta, jornalista e professor, João Francisco de Barbosa Azevedo de Sande Aires de Campos (1902-1982), 2º Visconde e 3º Conde do Ameal, que, nas letras, adoptou o nome de João Ameal. Nela se mostra, pela primeira vez, documentação do seu espólio literário, doado à BN pelos herdeiros, representados pela Sr.ª D. Leonor Maria Benedita de Castro Sottomayor de Azevedo Aires de Campos, filha do Escritor, gesto que também não poderíamos deixar de sublinhar.

Neste importante acervo literário (BN Esp. E37) sobressaem três grandes séries de documentos, os Manuscritos do Autor, a Correspondência e os Recortes de Imprensa, acompanhando, pelo menos em parte, o percurso biográfico do Autor com registos que o enquadram no contexto político, social e cultural em que viveu. Refiram-se, por exemplo, os dossiers de viagens e os testemunhos de participação em diversos eventos oficiais, os convites para realização de conferências e as homenagens e condecorações de que foi alvo, documentos que um conjunto de fotografias de/com o próprio bem ilustra.
No contexto dos manuscritos de João Ameal, têm especial relevância os seus trabalhos no âmbito da reflexão histórica já que o espólio inclui os manuscritos de História de Portugal, cuja 1ª edição foi celebrada, em 1941, com o prémio Alexandre Herculano, e da História da Europa, bem como, para referir apenas alguns exemplos, o Breve Resumo da História de Portugal e as lições de cursos que leccionou no Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (ISCSPU): Ideia da Europa, História da Colonização Moderna e Filosofia Social. Têm ainda um lugar de destaque no espólio o conjunto de autógrafos, de natureza ensaística e crítica, publicados na imprensa periódica, os textos das crónicas difundidas na Emissora Nacional e os dos seus discursos e conferências.

É também muito significativo o arquivo de imprensa conservado, com organização parcial de origem, onde se destaca a colecção de recortes das versões em letra de imprensa de textos já referidos, alguns deles publicados no “Diário da Manhã”, na “Noite”, no “Diário de Notícias”, no “Jornal de Notícias” e na “Voz”, ou na “Ilustração Portuguesa” e na “Acção Realista”, publicações que dirigiu.

Monárquico, deputado da Assembleia Nacional, entre 1942 e 1957, procurador da Câmara Corporativa, membro da Junta Central da Legião Portuguesa, João Ameal pertenceu ao directório da Acção Realista, à Academia Portuguesa de História, ao Instituto de Coimbra e à Associação dos Escritores Católicos Portugueses e foi colaborador da RTP. Guardou um epistolário considerável, sobretudo quanto a cartas recebidas, cujo estudo contribuirá, certamente, para contextualizar a sua época e os seus ideais. Destacam-se enquanto emissários Alberto de Monsaraz, Alfredo Ary dos Santos, Alfredo Pimenta, o editor e livreiro Américo Tavares Martins, Antero de Figueiredo, António Correia de Oliveira, Augusto de Castro, Carlos Carneiro, Caetano Beirão, Conde de Sabugosa, Duque de Bragança, Duquesa de Palmela, Eduardo Brasão, Fernanda de Castro, Guilherme Braga da Cruz, João Cabral do Nascimento, João de Castro Osório, João do Amaral, José Osório de Castro, Manuel Múrias, Marcelo Caetano, Maria e José Maria Eça de Queirós, filhos do Romancista, Miguel Pile, Natércia Freire, Virgínia de Castro e Almeida e Virgínia Vitorino, entre muitos outros, de que o Arquivo da Cultura Portuguesa Contemporânea dará conta, a seu tempo, depois do apurado estudo a que o espólio irá ser submetido durante os trabalhos de inventariação.


Fátima Lopes
Arquivo da Cultura Portuguesa Contemporânea
Biblioteca Nacional


Horário de visita à Exposição: Dias úteis: 10h - 19h
Sábados: 10h-17h
Encerra domingos e feriados

De 14/07 a 15/09 Dias úteis: 10h - 17h
Encerra Sábados, domingos e Feriados

Entrada Livre. Para mais informações sobre este evento contacte o departamento de Relações Públicas e Divulgação Cultural da Biblioteca Nacional.